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Imagem meramente ilustrativa |
Em março deste ano, a Jonalista Mariza Tavares (G1, Rio de Janeiro) publicou uma matéria em que fala sobre a fadiga por compaixão, que é uma condição de exaustão vivida por quem se expõe, de forma prolongada, à dor alheia.
O artigo feito em cima do trabalho da socióloga Stacy Torres, na qual em um trecho é relatado, que “O sentimento de perda de liberdade e autonomia é comum, além do peso financeiro: a maioria acaba trabalhando meio período ou abandonando o emprego, comprometendo a carreira e a segurança financeira no futuro.” (TAVARES, Rio de Janeiro, 2025)
É nítido que o sofrimento emocional que atinge os cuidadores é gigantesco, pois a maioria sacrifica sua própria rotina e bem-estar para garantir o cuidado necessário ao ente querido. Essa fadiga por compaixão, além de atingir cuidadores, também associada afeta outros profissionais de saúde.
O que é fadiga por compaixão?
A autora do artigo, define que é uma exaustão emocional de quem se expõe de forma prolongada, ao sofrimento alheio. Ou seja, é considerada um trauma secundário, que gera sintomas como cansaço, tristeza, dificuldade de concentração, raiva, falta de motivação, privação de sono, entre outros.
Pesquisas:
Ela nos apresenta que o resultado de um estudo, que fez parte de um projeto para combater o isolamento para a Motion Picture & Television Fund, dirigido por Maureen Feldman, na qual ela acompanhou em palestra on-line, mostrou o seguinte “As pesquisas mostram que estamos passando menos tempo com os amigos e a família. Em todas as faixas etárias, as pessoas se encontram menos presencialmente do que há duas décadas. Entre 2003 e 2020, o tempo em que estamos sozinhos aumentou 24 horas no mês; e o engajamento com amigos diminuiu 20 horas por mês.” (FELDMAN, S.l., S.d.)
Veja algus resultados do estudo:
- A maioria (66%) dos quase 16 milhões de cuidadores americanos é composta por mulheres.
- Quase dois terços relatam sentimentos de solidão, sendo que 18% avaliam que ela é severa.
- Muitos têm mais de 50 anos e lidam com suas próprias questões relativas ao envelhecimento: 63% têm pelo menos uma doença crônica, enquanto esse percentual fica em 57% entre os não cuidadores.
- Pelo menos 15% dos cuidadores são indivíduos acima dos 65 anos que cuidam do cônjuge.
O autocuidado é mais que necessário, o que nos leva a tomar algumas ações que podem ajudar. Em seu artigo, ela apresenta seis (6) dicas que valiosas:
- Reconheça seus pontos vulneráveis e os gatilhos que disparam os sintomas.
- Crie uma rede de suporte de amigos e familiares.
- Alimente-se de forma saudável e tente se exercitar.
- Pratique meditação, mesmo que por cinco ou dez minutos, e utilize técnicas de respiração para relaxar. Há muitos tutoriais disponíveis na internet.
- Busque pequenos momentos de prazer ao longo do dia, como tomar um banho demorado ou ouvir sua música preferida.
- Se conseguir que alguém o/a substitua, passe um dia fora para recarregar as baterias.
Se você gostou deste artigo, você pode ler um pouco mais sobre o assunto e assistir um vídeo falando sobre o tema, acessando a matéria oficial, no link na referência logo abaixo.
Referência:
TAVARES, Mariza. Isolamento e sofrimento emocional atingem fortemente os cuidadores. G1, Rio de Janeiro, 16 mar. 2025. Disponível em: <https://g1.globo.com/bemestar/blog/longevidade-modo-de-usar/post/2025/03/16/isolamento-e-sofrimento-emocional-atingem-fortemente-os-cuidadores.ghtml>. Acesso em: 23 set. 2025.
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